Na mais recente lista das 100 melhores universidades do mundo, divulgada pela empresa de análise Quacquarelli Symonds (QS), a América Latina se destaca com três instituições de ensino superior entre as mais renomadas globalmente. Enquanto o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, lidera o ranking mundial, a Universidade de São Paulo (USP) figura como a representante brasileira nessa lista seleta, ao lado da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e da Universidade de Buenos Aires (UBA), ambas enaltecendo o cenário acadêmico latino-americano.
O QS World University Rankings é reconhecido internacionalmente como um dos mais prestigiados indicadores da qualidade acadêmica das instituições de ensino superior. Fundamentado em métricas abrangentes, como reputação acadêmica, proporção de docentes por aluno e produção científica, este ranking é resultado de uma análise rigorosa, que envolve a avaliação de milhões de artigos acadêmicos e a consulta a centenas de milhares de professores e especialistas em todo o mundo.
Neste ano, em particular, o QS incorporou novos critérios às suas métricas, incluindo a avaliação das oportunidades de emprego proporcionadas pelas instituições acadêmicas e suas redes internacionais de pesquisa.
Universidade de São Paulo (USP)
A USP, fundada em 1934, emergiu como um pilar do ensino superior no Brasil. Com mais de 65,7 mil alunos, a universidade conquistou o 85º lugar no ranking mundial, uma ascensão notável desde a sua posição anterior em 2022, quando ocupava o 121º lugar.
Além de sua reputação acadêmica sólida, a USP tem se destacado por suas iniciativas inclusivas e progressistas. Em 2023, lançou 50 bolsas de pós-doutorado exclusivas para pesquisadores negros, demonstrando um compromisso com a diversidade e a igualdade no ambiente acadêmico. Ademais, o sistema de cotas, implementado há mais de uma década, tem promovido a democratização do acesso ao ensino superior no Brasil.
América Latina
A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), com sua história centenária desde sua fundação em 1910, e a UBA, estabelecida em 1821, também se destacam como pilares do ensino superior na América Latina. Com impressionantes números de alunos e uma tradição acadêmica robusta, ambas as instituições têm contribuído para o desenvolvimento científico e cultural da região.
Apesar dos desafios, como a delicada situação orçamentária enfrentada pela UBA devido à inflação na Argentina, essas universidades continuam a desempenhar um papel importante na formação de líderes e na produção de conhecimento em seus respectivos países e além.
Enquanto o panorama acadêmico global é dominado por instituições de países desenvolvidos, a presença de universidades latino-americanas entre as 100 melhores do mundo é um testemunho do potencial e da excelência do ensino superior na região.
Em um mundo cada vez mais interconectado, o papel dessas instituições como centros de excelência e inovação é essencial para enfrentar os desafios globais e promover um futuro mais promissor e inclusivo para todos.
