Categoria Educação

Do artesanato à música: Festival de Parintins aquece produção cultural

Festival de Parintins movimenta R$ 160 milhões e atrai 120 mil visitantes, impulsionando a produção cultural local.

No centro de Parintins, no Amazonas, a calmaria de outros períodos do ano dá lugar a uma intensa movimentação durante o Festival de Parintins. Vendedores locais e de outras cidades, tanto com estruturas fixas quanto como ambulantes, transformam a área em um agitado centro comercial. É possível comprar desde comidas e bebidas até dispositivos eletrônicos. Mas o que realmente chama atenção é a criativa produção cultural local que envolve artesanato, telas, adereços e roupas.

O artesão Mateus Pereira relata que, nessa época, o Festival de Parintins é fundamental para impulsionar seu trabalho. Ele explica a necessidade de inovar anualmente para agradar aos torcedores dos dois protagonistas: o Boi Caprichoso e o Boi Garantido. “Não pode repetir porque o cliente que vem, volta no ano seguinte. E ele não vai comprar uma peça que viu no ano anterior”, comenta.

A jornada de um artesão

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O artesão Mateus Pereira, admirador do Boi Caprichoso, trabalha com o comércio de peças regionais e artesanato alusivo ao Festival de Parintins (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil).

Observando técnicas que já eram empregadas por sua mãe, Mateus começou seu caminho de artesão autodidata aos 12 anos. Nascido em Manaus, mudou-se ainda criança para Parintins, onde desenvolveu um trabalho reconhecido, com destaque para peças em madeira. Sua produção inclui também telas, esculturas e arte com material reciclável.