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Percussionista brasileiro, Naná Vasconcelos ganha exposição póstuma em SP

Explore a trajetória de Naná Vasconcelos e seu legado no mundo da percussão e do berimbau.

No centro da obra do percussionista brasileiro Naná Vasconcelos (1946-2016), encontra-se o berimbau. Tradicionalmente visto como um figurante na alta cultura, Vasconcelos transformou este instrumento em protagonista, inaugurando uma nova forma de fazer música. Este enfoque inovador é celebrado na exposição que homenageia seu legado no Itaú Cultural, em São Paulo, que entrou em cartaz esta semana.

Naná Vasconcelos, um percussionista brasileiro, e a exposição no Itaú Cultural

A mostra no Itaú Cultural exibe cerca de 90 peças que narram a trajetória de Naná Vasconcelos, eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana DownBeat, especializada em jazz. Entre os itens expostos estão imagens de suas apresentações, onde vestia mantos nas cores dos orixás, retratos de sua juventude em Pernambuco e um dos oito prêmios Grammy que conquistou ao longo de sua carreira, que terminou com sua morte há oito anos.

O berimbau: um símbolo central

O berimbau que acompanhou Naná por mais de quatro décadas é uma das peças centrais da exposição. Suspenso por um fio translúcido, ele flutua sobre uma superfície circular repleta de cascalho, rodeado por seixos presos por barbantes, criando uma atmosfera solene que confere ao instrumento um status quase sagrado. Esta representação está alinhada com a visão de Naná, que sempre reivindicou uma posição de centralidade para o berimbau na cultura brasileira.