Aulas de spinning em academias são comuns, mas em São Paulo, a modalidade ganhou um novo cenário: os helipontos e terraços de prédios. Com duração de cerca de 50 minutos, essas sessões oferecem uma experiência exclusiva, combinando vista panorâmica e música envolvente. Os ingressos custam cerca de R$ 220 e algumas edições contam até com fogos de artifício.
Como surgiu o spinning nas alturas
A ideia surgiu com empreendedores e treinadores que buscavam novos espaços para aulas diferenciadas. Rodrigo Gusman, personal trainer e empreendedor, começou dando aulas de spinning à distância durante a pandemia. Com a flexibilização das restrições, levou a modalidade para ambientes inusitados, como quadras de areia e pistas de patinação. Seu primeiro evento nas alturas aconteceu em 2020, no terraço de um pet shop na Mooca, seguido por edições em helipontos desativados.
Experiência e público
O público dessas aulas é majoritariamente feminino e busca bem-estar mais do que queima de calorias. A advogada Camila Valiente, de 42 anos, participa regularmente com suas colegas. Para ela, a música e a energia do ambiente fazem toda a diferença. Segundo Camila, a experiência é um verdadeiro escape da rotina.
Logística e expansão do projeto
Cada evento exige uma grande operação. Gusman precisa transportar bicicletas por elevadores e investir até R$ 50 mil para realizar uma sessão. A procura pelo spinning é alta: na edição de fevereiro, 180 participantes estiveram presentes. Para o evento de maio, 2,1 mil pessoas já se cadastraram para disputar uma das 360 vagas.
Influenciadores e novos formatos
A popularidade das aulas aumentou graças à divulgação em redes sociais. O influenciador Murillo Oliveira publicou um vídeo sobre a experiência e alcançou mais de 600 mil visualizações. Além disso, outras empresas entraram no segmento, como a rede Spin’n Soul, que já realiza eventos de spinning ao ar livre desde 2016. O formato se consolidou como uma opção de entretenimento e bem-estar para o público paulistano.
