O primeiro livro de William Shakespeare, conhecido como Primeiro Fólio de Shakespeare, voltou a ser exibido ao público. A obra ficou desaparecida por 27 anos após ter sido roubada. Avaliado em mais de US$ 1,3 milhão, o exemplar reapareceu e agora está exposto na Universidade de Durham, na Inglaterra. Ele pertence ao acervo da tradicional Biblioteca Cosin.
A exposição foi aberta nesta sexta-feira (4) e segue até 2 de novembro. A mostra marca o retorno de uma das obras mais valiosas da literatura renascentista inglesa. O livro reúne 36 peças escritas por Shakespeare, incluindo clássicos como Hamlet, Otelo e Macbeth.
Trajetória do Primeiro Fólio: da perda à recuperação
O furto do livro, em 1996, gerou comoção no meio acadêmico e literário, sendo um dos casos mais emblemáticos de roubo de livros raros no Reino Unido. Anos depois, a obra foi levada à Folger Shakespeare Library, nos Estados Unidos, onde especialistas confirmaram sua autenticidade.
O responsável pelo crime, Raymond Scott, tentou vender o exemplar como se fosse uma cópia legítima herdada. No entanto, peritos identificaram danos compatíveis com o livro desaparecido de Durham, o que levou à sua prisão e à recuperação do material.
Após anos de análise e conservação de manuscritos, o livro foi restaurado com técnicas modernas e agora pode ser visto novamente. A iniciativa é considerada um marco para a preservação do patrimônio literário inglês.
Exposição destaca importância da obra e da literatura
A mostra não apenas devolve o primeiro livro de William Shakespeare ao público, como também celebra a grandiosidade das obras de Shakespeare e o papel das universidades na preservação cultural.
Além da exibição, o evento conta com palestras e painéis sobre a história do Primeiro Fólio, os riscos no mercado de livros raros de Shakespeare e o cuidado necessário com a avaliação de livros antigos. Especialistas abordam também a importância das exposições literárias como forma de aproximação do público com obras históricas.
Se você estiver pela Inglaterra nas próximas semanas, essa exposição na Inglaterra pode ser uma chance única de ver de perto um símbolo da literatura mundial — e de refletir sobre a importância da segurança e conservação de documentos históricos.
