Os efeitos da canela no organismo sempre foram exaltados por seus benefícios à saúde. No entanto, um novo estudo publicado no último dia 24 de abril traz uma recomendação importante sobre o uso excessivo da especiaria em suplementos. A pesquisa foi conduzida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade do Mississippi (EUA) e publicada no Food Chemistry: Molecular Sciences.
A investigação focou no composto cinamaldeído, principal responsável pelo aroma e sabor da canela. Quando consumido em grandes concentrações, ele pode estimular mecanismos que aceleram a eliminação de medicamentos do corpo, comprometendo a eficácia de tratamentos. Isso não acontece com o uso culinário habitual, mas sim com o consumo em cápsulas e extratos concentrados.
Efeitos da canela no organismo variam com o tipo e a dose
Segundo a pesquisadora Shabana Khan, responsável pelo estudo, “o consumo de suplementos sem orientação médica pode reduzir o tempo de ação dos remédios no organismo”. Essa interação indesejada reforça a necessidade de atenção, especialmente entre pessoas com doenças crônicas como diabetes, câncer e hipertensão.
Os efeitos da canela no organismo também diferem conforme a variedade utilizada. A canela-cássia, comum em mercados, possui altos níveis de cumarina, que tem efeito anticoagulante. Já a canela do Sri Lanka, mais pura, oferece menor risco nesse sentido por conter baixa concentração dessa substância.
Óleo de canela apresenta menos risco de interação
A forma como o organismo lida com o cinamaldeído também depende da apresentação do produto. O óleo de canela, por exemplo, mostrou baixa interferência em medicamentos, o que reforça sua segurança quando usado com moderação. Bill Gurley, coautor da pesquisa, reforça que mais estudos clínicos ainda serão necessários.
Apesar das observações, os efeitos da canela no organismo, quando equilibrados, continuam sendo positivos. A especiaria tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem contribuir para o bem-estar geral.
Portanto, o consumo moderado, aliado à orientação médica, é o melhor caminho. A ciência segue a favor da saúde, ajudando a compreender como aproveitar o que a natureza oferece — com segurança, equilíbrio e responsabilidade.
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