Praticar atividade física com segurança é essencial para quem deseja cuidar da saúde, principalmente do coração. Apesar dos inúmeros benefícios do exercício, pacientes com problemas cardíacos precisam de atenção redobrada ao escolherem como se movimentar. O alerta vem da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que reforça: o esforço inadequado pode piorar quadros clínicos.
Atividade física faz bem, mas exige cuidados
Manter o corpo ativo ajuda a prevenir doenças, mas nem todos os exercícios são recomendados para pessoas com condições cardíacas. De acordo com o cardiologista Rafael Marchetti, pós-graduado em medicina do exercício, atividades de alta intensidade, como musculação com cargas elevadas ou corridas longas, podem sobrecarregar o coração. Isso aumenta o risco de arritmias, infartos e pressão alta.
Esportes que exigem mudanças rápidas de ritmo, como futebol e tênis, também são considerados de risco para esse público. A boa notícia é que, com orientação médica, ainda é possível manter uma rotina ativa e segura, ajustando os exercícios conforme a condição de cada paciente.
Doenças cardíacas ainda preocupam no Brasil
Segundo a SBC, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país. A doença arterial coronariana lidera esse ranking, seguida pelo acidente vascular cerebral (AVC). Esses problemas são resultado, em grande parte, do acúmulo de gordura nas artérias, o que compromete a circulação.
A estatística preocupa: até 8 de maio, o Cardiômetro, plataforma da SBC, já registrava mais de 141 mil mortes em 2025. A projeção é que esse número ultrapasse 400 mil até o fim do ano.
Prevenção ainda é o melhor caminho
Apesar dos dados, há um lado positivo: muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com mudanças simples. Alimentação equilibrada, abandono do cigarro, controle do estresse e a prática de atividade física com segurança estão entre os principais aliados do coração.
Quem já convive com problemas cardíacos não precisa abandonar os exercícios. Caminhadas leves, pilates e natação, por exemplo, costumam ser alternativas seguras, desde que acompanhadas por profissionais qualificados. O importante é respeitar os limites do corpo.
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