Categoria Cultura

Tumba com agulhas de acupuntura revela avanço milenar da medicina

Descoberta de tumba com agulhas de acupuntura da Dinastia Han surpreende o mundo ao revelar instrumentos de aço com mais de 2 mil anos e ligações com práticas médicas tradicionais chinesas.

A recente descoberta de uma tumba com agulhas de acupuntura de aço datadas da Dinastia Han Ocidental (202 a.C.–220 d.C.), na China, tem gerado entusiasmo entre estudiosos de todo o mundo. Localizada em Nanchang, na província de Jiangxi, a tumba do Marquês de Haihun revelou artefatos preciosos e evidências concretas da prática médica milenar chinesa. A tumba com agulhas de acupuntura oferece um elo inegável entre a medicina tradicional e os avanços metalúrgicos do período.

Avanço técnico e histórico das agulhas de acupuntura

Conforme arqueólogos relataram, a tumba com agulhas de acupuntura continha instrumentos finíssimos de aço, associados à inscrição “Nove Agulhas Completas” — referência direta ao clássico médico Huangdi Neijing. O local, que escapou de saques ao longo dos séculos, preserva mais de 20.000 artefatos, inclusive essas agulhas para tratamentos, como dores, desequilíbrios e distúrbios.

Aliás, a qualidade do aço utilizado comprova o avanço tecnológico da metalurgia Han. A prática de têmpera com revestimento de argila, por exemplo, possibilitava criar instrumentos duráveis, finos e precisos. Afinal, ouro e prata, apesar de nobres, não ofereciam a resistência necessária para perfurar a pele sem causar infecções — desafio solucionado com o aço forjado da época.