Categoria Cotidiano

Um enigma congelado que desafia a Teoria do Nono Planeta

Descoberta do objeto gelado Ammonite desafia a Teoria do Nono Planeta ao revelar uma órbita incomum e antiga, levantando novas hipóteses sobre perturbações no Sistema Solar.

Em uma região longínqua do Sistema Solar, onde o tempo parece avançar em câmera lenta, cientistas identificaram um corpo celeste intrigante que pode reformular a maneira como entendemos os limites da nossa vizinhança cósmica. Nomeado Ammonite, o objeto recém-descoberto apresenta uma trajetória singular que reacende debates em torno da Teoria do Nono Planeta, hipótese que tenta explicar a distribuição irregular de órbitas além de Netuno.

Teoria do Nono Planeta sob nova análise

Durante anos, a Teoria do Nono Planeta foi a principal aposta para justificar o agrupamento de objetos muito distantes do Sol. Porém, a órbita de Ammonite se distancia dessas previsões. Com um caminho elíptico que se estende entre cerca de 66 e 438 vezes a distância da Terra ao Sol, sua trajetória é longa e lenta, levando milhares de anos para ser concluída. Essa rota percorre uma região antes pouco povoada, conhecida como q-gap, um intervalo orbital que há tempos intriga os astrônomos. A presença de Ammonite nesse setor ajuda a preencher essa lacuna e sugere uma história mais complexa para o Sistema Solar externo.

Órbita preservada e pistas de eventos antigos

Estudos orbitais mostram que Ammonite mantém uma trajetória estável há cerca de 4,5 bilhões de anos. Essa estabilidade incomum levanta a hipótese de que não seja apenas um corpo isolado, mas uma relíquia de um passado turbulento, quando o Sistema Solar poderia ter sido perturbado por forças externas — como a aproximação de uma estrela ou a ejeção de planetas antigos. A Teoria do Nono Planeta, embora ainda relevante, parece agora dividir espaço com outras possibilidades.