A revolução silenciosa que vinha crescendo nos últimos anos finalmente ganhou força oficial: a energia solar mais barata que fóssil tornou-se realidade, mudando os rumos da história energética do planeta. O novo relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), lançado em parceria com a ONU, mostrou que em 2024 o custo da energia solar fotovoltaica caiu para US$0,043 por kWh, cerca de 41% mais barata do que as fontes fósseis mais econômicas.
Esse avanço representa muito mais do que economia — trata-se do surgimento de uma nova era energética, como destacou o secretário-geral da ONU, António Guterres. Em suas palavras firmes, “os combustíveis fósseis estão chegando ao fim da linha”, abrindo espaço para soluções limpas, acessíveis e sustentáveis.
Quase toda nova energia no mundo já vem de fontes renováveis
Em 2024, 91% dos novos projetos energéticos renováveis superaram as opções fósseis em custo, segundo a IRENA. Foram adicionados 582 gigawatts em capacidade renovável à matriz global, gerando uma economia estimada de US$57 bilhões em combustíveis fósseis apenas naquele ano.
Além da energia solar, a eólica terrestre também surpreendeu, com um custo médio ainda mais baixo: US$0,034 por kWh — a fonte renovável mais barata do planeta. Esses números refletem não apenas eficiência, mas também o impacto positivo de políticas públicas, inovações tecnológicas e escala de produção.
O avanço é irreversível, mas precisa ser mais justo
Ainda que os resultados sejam animadores, a transição energética enfrenta entraves. Questões geopolíticas, gargalos logísticos e a resistência de setores ligados aos combustíveis fósseis atrasam a democratização dessa virada. Porém, o relatório é enfático: a tendência é irreversível.
A energia solar mais barata que fóssil já inspira novas decisões políticas e empresariais em todos os continentes. Ela oferece segurança energética, reduz emissões e cria novas oportunidades econômicas, especialmente para países em desenvolvimento.
O futuro já começou, iluminado pelo sol
Por isso, o relatório da IRENA, com apoio direto da ONU, é mais que uma análise técnica — é um chamado à ação global. Ele confirma que a energia solar mais barata que fóssil não é mais promessa: é o presente. E nesse novo tempo, quem investe na luz do sol investe também em justiça climática, soberania energética e esperança para as próximas gerações.
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