Categoria Cultura

Samba de Arlindo Cruz: o poeta que eternizou o subúrbio

Samba de Arlindo Cruz é a expressão da alma brasileira. Com poesia, resistência e amor ao subúrbio, o artista deixa um legado eterno na música.

O Samba de Arlindo Cruz ecoa como despedida e celebração. O Brasil perdeu, nesta sexta-feira (8), um de seus maiores artistas, aos 66 anos. Ele estava internado no Rio e faleceu após falência múltipla dos órgãos. Desde 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico, enfrentava limitações físicas e se manteve afastado dos palcos. Ainda assim, sua obra seguiu presente na vida de milhões.

Nascido em Madureira, berço do samba, Arlindo ganhou seu primeiro cavaquinho aos sete anos. A partir daí, iniciou uma trajetória que o levaria ao bloco Cacique de Ramos, nos anos 70 e 80, onde aprendeu e tocou ao lado de Beth Carvalho e Jorge Aragão. Posteriormente, em 1980, ingressou no Fundo de Quintal, permanecendo por 12 anos e ajudando a consolidar uma sonoridade que revolucionou o gênero.

O brilho criativo de Arlindo Cruz

Ao longo de sua carreira no samba, Arlindo Cruz se destacou pela combinação de lirismo e autenticidade. Clássicos como Meu Lugar, O Bem e O Show Tem Que Continuar não apenas embalaram gerações, mas também se tornaram crônicas da vida nos subúrbios.