Categoria Saúde

A mosca do Nobel que se tornou estrela da ciência

A mosca do Nobel, ou Drosophila melanogaster, já rendeu seis prêmios Nobel e inspira avanços em genética, imunologia e biomedicina. No Brasil, USP e Embrapa utilizam esse modelo biológico premiado em pesquisas acessíveis e transformadoras.

Pesquisas com a mosca do Nobel, conhecida como Drosophila melanogaster, renderam seis prêmios Nobel em Fisiologia ou Medicina. Esse feito confirma o papel único desse inseto na história da ciência. Pequeno e discreto, ele tornou-se um modelo biológico premiado, capaz de revelar segredos essenciais da vida.

Por que é tão valiosa para a ciência

A mosca do Nobel possui ciclo de vida curto, apenas quatro pares de cromossomos e milhares de descendentes em poucas semanas. Assim, permite experimentos rápidos e confiáveis. Além disso, aproximadamente 60% do seu genoma é semelhante ao humano, e 75% dos genes ligados a doenças encontram paralelos nessa espécie. Portanto, investigar a mosca-das-frutas Drosophila ajuda a compreender enfermidades humanas complexas com eficiência e baixo custo.

A mosca do Nobel e seus prêmios emblemáticos

Em 1933, Thomas Hunt Morgan demonstrou que os genes estão localizados nos cromossomos usando a mosca-das-frutas, conquista que lhe rendeu o Nobel. Já em 1995, Christiane Nüsslein-Volhard, Edward B. Lewis e Eric Wieschaus receberam o prêmio ao desvendar o controle genético do desenvolvimento embrionário. Desde então, o inseto consolidou-se como protagonista de descobertas que transformaram a biologia.