Pesquisas recentes mostram que a educação exerce papel decisivo na saúde cerebral. Um estudo da University of Southern California revelou que adultos com maior escolaridade apresentam envelhecimento biológico mais lento. Entre 1988 e 1994, a diferença entre quem tinha ensino médio incompleto e quem possuía graduação era de um ano no ritmo de envelhecimento. Já entre 2015 e 2018, o descompasso dobrou, chegando a dois anos.
Portanto, o acesso à educação surge como fator protetor essencial para garantir um cérebro que envelhece mais devagar. Além disso, o dado reforça a urgência de políticas públicas voltadas à redução de desigualdades.
Superagers e o segredo de um cérebro que envelhece mais devagar
Os chamados superagers intrigam a ciência. Trata-se de pessoas com 80 anos ou mais que mantêm memória e atenção semelhantes às de indivíduos até 30 anos mais jovens. Pesquisas apontam que esses cérebros exibem córtices mais espessos e menos atrofia, mesmo diante de proteínas ligadas ao Alzheimer.
Nesse contexto, o estilo de vida ativo, o engajamento social e os estímulos intelectuais constantes tornam-se elementos-chave. Além disso, estudos destacam que manter curiosidade, aprender novas habilidades e interagir com diferentes gerações ajuda a preservar funções cognitivas e sustenta um cérebro que envelhece mais devagar.
Genética feminina e o cérebro que envelhece mais devagar
A genética também contribui. Cientistas da UCSF descobriram que, em mulheres, o cromossomo X “silencioso” pode ser reativado com a idade, ativando genes como o PLP1, fundamental para a produção de mielina. Esse processo fortalece conexões cerebrais e pode explicar por que o cérebro feminino envelhece mais devagar em muitos casos.
Por outro lado, os pesquisadores ressaltam que fatores ambientais e de saúde ao longo da vida também modulam esse benefício. Portanto, genética e estilo de vida devem ser compreendidos como forças complementares.
Estilo de vida e esperança coletiva
Além da genética e da educação, escolhas cotidianas fazem diferença. Exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada e atividades que estimulam a mente reforçam a chamada reserva cognitiva, retardando o declínio natural.
Assim, esses achados trazem esperança coletiva: investir em políticas públicas de educação, ampliar o acesso à saúde preventiva e incentivar hábitos saudáveis pode ajudar milhões de pessoas a conquistar um cérebro que envelhece mais devagar.
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