Categoria Cultura

Um lugar para Coraline dá voz às desigualdades na infância

Um lugar para Coraline, de Alexandre Rampazo, retrata desigualdades de gênero e classe em uma competição infantil, inspirando reflexão sobre equidade e inclusão.

O livro Um lugar para Coraline, escrito e ilustrado por Alexandre Rampazo e lançado pela Editora Rocquinho em 2024, convida leitores de todas as idades a refletirem sobre desigualdades sociais desde cedo. A protagonista participa de uma competição de natação na escola e percebe que os meninos ocupam sempre as melhores raias, enquanto meninas e colegas com menos destaque são empurrados para os cantos.

Essa metáfora simples e poderosa simboliza como o gênero e a classe social ainda definem privilégios e oportunidades. Além disso, em Um lugar para Coraline, a jovem precisa lembrar o professor de que também tem direito ao seu espaço. O gesto reforça a importância de se reconhecer merecedora, mesmo em cenários que insistem em limitar vozes femininas e periféricas.

Um lugar para Coraline e o esforço dobrado

A narrativa de Rampazo vai além da cena esportiva. Um lugar para Coraline mostra que, em muitos casos, quem nasce com menos recursos precisa se esforçar o dobro para alcançar o mesmo patamar de quem já ocupa posição privilegiada. Portanto, a raia central se transforma em metáfora da meritocracia desigual que marca não apenas o esporte, mas também a escola e a vida em sociedade.