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Economia do cuidado aponta caminhos para mais equidade de gênero

A economia do cuidado expõe a desigualdade de gênero no Brasil e no mundo. Mulheres dedicam mais tempo ao trabalho não remunerado, o que limita sua renda. Soluções como creches públicas e licença-paternidade podem reduzir essa sobrecarga.

A economia do cuidado revela a face mais oculta da desigualdade de gênero: o peso do trabalho doméstico e de cuidado, fundamental para o bem-estar coletivo. Contudo, ele permanece invisível ao sistema capitalista, já que não gera cifras diretas.

No Brasil, mulheres dedicam em média 21,3 horas semanais a afazeres e cuidados, enquanto os homens registram 11,7 horas, segundo o IBGE. Portanto, a sobrecarga feminina é evidente. Entre as mulheres ocupadas, esse peso representa 6,8 horas a mais por semana, compondo a chamada “dupla jornada”.

Economia do cuidado e a desigualdade de gênero

Essa discrepância é ainda maior entre mulheres pretas e pardas. Assim, a economia do cuidado mostra como a estrutura social reforça desigualdades. Além disso, a economia tradicional ignora funções que sustentam a vida coletiva, mas não aparecem no PIB.