Categoria Saúde

Dieta mediterrânea mostra impacto positivo na depressão, aponta novo estudo

Um ensaio clínico acompanhou 196 pacientes com histórico de depressão durante dois anos e descobriu que a dieta mediterrânea, enriquecida com azeite extravirgem, ajudou a reduzir sintomas e melhorar a vitalidade. Para o médico Pedro Andrade, especialista em Medicina Preventiva, a alimentação pode ser um pilar no cuidado com a saúde mental, e sua adaptação ao Brasil mostra que prevenir pode ser mais simples — e saboroso — do que parece.

A relação entre dieta mediterrânea e depressão ganhou força com o estudo americano PREDIDEP, que acompanhou 196 pacientes durante dois anos. O ensaio avaliou se esse padrão alimentar, reforçado com azeite extravirgem, poderia prevenir recaídas depressivas. Embora não tenha reduzido os novos episódios de forma significativa, os resultados mostraram algo essencial: os pacientes que seguiram a dieta apresentaram menos sintomas depressivos, mais energia e maior vitalidade.

Segundo o médico Pedro Andrade, especialista em Medicina Preventiva, o estudo reforça que a alimentação pode ser usada não apenas como tratamento complementar, mas também como estratégia de prevenção em saúde mental.

Por que a dieta faz diferença na depressão?

Pesquisadores destacam que a dieta mediterrânea atua em múltiplos mecanismos do cérebro. Ela reduz inflamação crônica, melhora a plasticidade neural por meio do BDNF e equilibra neurotransmissores graças a nutrientes como magnésio, vitaminas do complexo B, ômega-3 e polifenóis. É como transformar os curtos-circuitos do sistema nervoso em energia limpa e estável.