Categoria Saúde

Unifor lidera avanço no tratamento oral da dor orofacial com nanotecnologia

Pesquisadores da Universidade de Fortaleza (Unifor) alcançaram resultados inovadores no tratamento da dor orofacial, condição que afeta milhões de pessoas. A equipe criou uma nanoformulação da proteína vegetal frutalina, extraída da fruta-pão, que pode ser administrada por via oral com eficácia comprovada. Publicado em periódico internacional, o estudo amplia as possibilidades terapêuticas e abre novas rotas de administração mais seguras e acessíveis.

Para quem convive com dor orofacial, tarefas simples como mastigar, falar ou sorrir podem se transformar em momentos de grande sofrimento. Essa condição, que atinge milhões de pessoas no mundo, rouba a qualidade de vida e impõe limitações diárias. Nesse cenário desafiador, uma equipe da Universidade de Fortaleza (Unifor), mantida pela Fundação Edson Queiroz, alcançou um marco que une ciência e esperança: o desenvolvimento de uma formulação oral inédita para o tratamento da dor orofacial.

O segredo dessa conquista está na frutalina, proteína vegetal isolada da fruta-pão. Com potencial farmacológico reconhecido há décadas, ela já havia demonstrado ação analgésica, cicatrizante e gastroprotetora. O desafio sempre foi como torná-la acessível ao organismo sem precisar de injeções. Foi essa barreira que os cientistas da Unifor conseguiram superar com uma tecnologia inovadora de nanoencapsulamento.

A trajetória da frutalina e o tratamento oral da dor orofacial

A história dessa proteína se entrelaça com a da professora Ana Cristina de Oliveira (Foto), hoje diretora do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex). Ainda em sua iniciação científica, há mais de 30 anos, ela purificou e caracterizou pela primeira vez a frutalina. Décadas de pesquisa se seguiram até que, em 2014, sua equipe comprovou de forma específica a ação analgésica dessa molécula. Essa base sólida abriu caminho para a inovação que hoje ganha repercussão mundial.